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sábado, 26 de novembro de 2016

esse texto é sobre decepção

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Decepção é esperar o mínimo de alguém e deparar-se que sequer foi respeitada. Decepção é esperar que seu amor seja valorizado, mas no final das contas, você foi desprezada. Decepção é esperar respeito e ter, como resposta, todos os níveis de traições possíveis. Decepção é se arrepender de ter sido boa, de ter confiado, de ter amado e desejado e ter sentido algo genuíno.

Decepção é você se sentir perdida, desamparada, solitária enquanto dizem que te amam. Decepção é você amar de verdade quem te cerca, mas não sabe se eles pelo menos te desejam algo bom. Decepção é você saber que não pode confiar, mas queria tanto poder isso. Decepção é você sentir saudades da pior época da sua vida porque você jamais imaginaria que as coisas só piorariam. Decepção é você conhecer alguém, conseguir tornar aquele alguém (enxergá-lo assim, pelo menos) como alguém maravilhoso, de bom coração, nunca querer perder essa pessoa e ela te apunhalar, não pensar em você, destruir seus sentimentos, amores e psicológico. E não ser aquela pessoa que você imaginou que ela fosse.

Decepção é você ter tantas crises e não fazer ideia do que elas sejam, mas na verdade você talvez tenha ideia, mas tenha medo. Decepção é você não aguentar mais ter essas crises. Decepção é você não conseguir evitar que essa tristeza apareça do nada e destrua seu dia. Tristeza é você querer tá bem, desejar isso, mas se sentir cansada e querer chorar, sem saber o motivo para isso. Quer dizer, são tantos, mas você ainda assim não sabe o motivo. Você só está cansada.

Decepção é ouvir que a ditadura foi uma época boa, já que bandido não andava na rua, que só era torturado quem merecia (sendo que pessoas aleatórias, que infelizmente estavam no lugar errado, na hora errada, foram destruídas com essas torturas), decepção é você ouvir que não tem preconceito com gay, mas com sapatão sim e isso não é homofobia. Decepção é você sair da sua bolha de privilégios e se sentir perdida por não saber como ajudar e mudar a vida das pessoas que estão numa merda pior que a sua. Decepção é saber que você só pode contar com sua família, já que seus amigos ainda são amigos de quem foi cúmplice de quem despedaçou seu coração e aniquilou a pouca confiança interna que você tinha e você não pode fazer nada. 

Decepção é você sentir fome, mas não apetite (ou vice-versa). Decepção é você tá amando seu cabelo, mas não conseguir achá-lo atraente. Decepção é você ficar feliz com um casal e desejar que eles sejam felizes para sempre, mas temer que você nunca tenha isso, porque você não consegue mais confiar. Decepção é você não está no grupo de amigos do Whatsapp em que todos seus amigos estão lá (e eles dizem que te amam e você quer acreditar nisso porque você os ama, mas mesmo assim, isso magoa, essa exclusão). 

Decepção é você querer se libertar de várias correntes que te machucam, mas você ter tanto medo de se machucar mais. Porque você sabe que vai, porque sempre foi assim. Decepção é você está a um passo de cometer uma grande merda, mas você quer fazer isso porque você cansou de esperar a pessoa certa, já que ela não existe e você quer se divertir um pouquinho, poxa. Decepção é morar longe. Decepção é você morar longe de tudo. 

Decepção é você não conseguir rir de coração, porque sua mente tá falando que aquele momento vai acabar.
Decepção é você ter amigos que se importam mesmo contigo, mas estarem tão fodidamente longe de ti.
Decepção é você pensar muito.
Decepção é te cobrarem para ficar bem, sendo você quer ficar bem, mas não sabe como. Na verdade, não lembro nem como é estar bem mais. Decepção é fazerem você se sentir culpada por isso. 
Decepção é você ter sido traída por tantas pessoas. E por aquela pessoinha que você tanto sonhou que era a pessoa. E você sabe que ela não merece nenhum espaço nos seus pensamentos.

Ódio, mágoa, raiva, desejar a infelicidade aos outros são coisas ruins. Mas a decepção é destrutiva e te aniquila porque ela cria raízes na tua alma, se tornam cicatrizes que ao olhar pros nós dos dedos ou pra perna, elas estarão lá para te dar um tiro na cara. Então sentir essas coisinhas (ódio, mágoa, raiva) ou desejar outras coisinhas (que elas sejam infelizes, que as vidas delas se tornem insuportáveis, que elas sintam 1% da decepção e desespero que você sente ao acordar) te acalenta um pouco. E você não se sente culpada por isso... na verdade, se sente aliviada.

Decepção é você tá amando seu curso, mas sonhar com aquele outro.
Decepção é você saber que as pessoas erraram contigo, saberem disso e ainda assim, fogem da culpa.
Decepção é te cobrarem coisas que você SIMPLESMENTE NÃO IMAGINA O QUÊ. E te fazerem sentir culpada por isso. 
Decepção é pensar muito. Decepção é ter muito medo. Decepção é ser tímida, medrosa, insegura demais. Sentir decepção de uma forma tão vívida é decepcionante.

Decepção é te julgarem por estar decepcionada e não imaginarem o buraco negro que a sua vida se tornou. Mas não te ajudarem, só cobrarem. Não é somente por ele, por elas, pela lealdade. É pela infância solitária, pelo abandono afetivo, é pela escola tóxica, é pela violência da que não deve ser nomeada. 

Decepção é sentir saudades. Decepção é se sentir incapaz de muita coisa. Decepção é medo de decepcionar... 

Eu não fico triste porque quero. Meu humor oscila em 20 minutos umas 5 vezes e eu não faço ideia do que fazer para evitar isso. Eu só me sinto cansada e desanimada. 

Decepção é você querer ser amiga das pessoas, mas não ter tanta intimidade para isso. Mas você as ama mesmo assim, porque sentir amor e se sentir feliz por elas te alivia um pouco (mesmo que por três segundos e você ver o sorriso delas e saber que elas sabem que são sinceros seus desejos de felicidades para elas). 

Decepção é ter medo de ser uma péssima amiga. Ter medo de não poder ajudar porque já tem problemas demais. De ser impotente. Ser inconveniente. 

"O medo pode destruir seu coração", mas ah, cara, a decepção esvazia a sua alma.

E esse texto não merece fotinha.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Setembro Amarelo: livros que abordam o suicidio

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Há quem diga que o suicida é uma pessoa covarde, que não teve coragem de lidar com os seus problemas. Quem ousa dizer tal absurdo não imagina o que se passa na cabeça de alguém para que ela tenha coragem o suficiente para conseguir tirar a própria vida, sem temer o que viria em seguida, a dor e o medo das consequências caso o ato não desse certo.

Não sei em que página ou grupo no Facebook que eu li essa frase: o suicida se mata não para somente tirar a vida, e sim para que a dor acabe. Parafraseei um pouco a mensagem, mas a essência dela é essa mesma. Essa dor é impossível de se medir, impossível de se explicar, ela corrói a sua alma e atormenta sua mente com um desespero enlouquecedor. Esse sofrimento te consome ao ponto de você se sentir mais confortável deitado em uma cama, pois a terra dos sonhos é infinitamente vezes melhor que a terra dos acordados e hábitos que um dia já foram tão prazerosos, soam como um ato obrigatório, deprimente e cansativo. Assim como toda uma rotina. E então, não é de se surpreender que alguém ache (ou tenha certeza) que a única solução para cessar essa dor é a de tirar a própria vida. 

Muitas pessoas convivem com o sentimento da dor, da depressão. Muitos sequer sabem que a tem e muitos outros não fazem ideia de que convivem com portadores dessa doença. Não sabem como notá-la, acalmá-la, lidar com tamanho triste diagnóstico. Muitos são agressivos. Falam coisas que não devem, que não podem. Claro, quem é que têm essas condições não andam com elas escritas na testas. Mas isso não dá liberdade para ninguém faltar com a empatia, com pessoas tendo tais patologias ou não.

Há livros que retratam, por meio da ficção, a vida de pessoas que conviveram com suicidas ou que tinham esse pensamentos. Alguns dos selecionados aqui são narrados pelos próprios suicidas, outros têm personagens relatando como é o processo da perda e da culpa por não ter notado o estado da pessoa próxima que se foi e não ter feito nada que pudesse ajudar a mudar tal condição.

domingo, 25 de setembro de 2016

as vantagens da leitura

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1º: minhas postagens aqui nunca tem revisão, desculpa. 2º: prévia do meu artigo pra faculdade.
bem aleatória sim~
Ler é a interação com o mundo, com tudo que está ao seu redor. Ler é se deparar com diversas palavras, imagens, conversas, e poder extrair alguma mensagem de qualquer fonte, potencialmente, visual. Ao andar na rua, ao acessar a internet ou ao mexer no celular, você está fazendo uma leitura, ler não é (e talvez nunca tenha sido) exclusividade de um livro, jornal ou revista. Esse ato retrata não somente a individualidade, mas também o sua forma de lidar com o seu mundo, com as pessoas com quem convive e com tudo que te, de alguma maneira, boa ou ruim, possa afetar.

sábado, 27 de agosto de 2016

nunca imaginei que seria sonho, mas é

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    Eu ando tendo um sonho muito recorrente. Surpreendentemente, eu sempre acordo triste pois ele não é real. Convenhamos que isso é comum, afinal, sonho quando é sonho, na maioria das vezes, diante do estado do sonhador, é irreal. Mas o que eu quero dizer é que esse sonho não deveria ser um sonho tão desejoso no auge dos meus 18 anos, de jovem solteira no auge da glória universitária.
    Esse sonho é de ser mamãe. OK, ele não é tão recorrente... hoje foi a segunda vez que eu sonhei com isso. E foi uma sensação tão acolhedora, gostosa, boa. Parecia que aquela companhia nunca teria fim, que o riso daquela neném nunca cessaria e o sorriso dela curaria qualquer dor ou ferimento meu.

(essa imagem é tão linda.. fonte: tumblr) 
A primeira vez foi comigo andando por uma rua movimentada a caminho do resultado da consulta do sexo do bebê. Eu estava grávida, acho que era uma barriga de uns seis meses e eu estava falando ou no telefone ou pensando alto. A pauta era o nome da criança. Ainda não tinha escolhido, ao que tudo indicava, para menino, seria Matteo (♡) e para a minha surpresa, eu que sempre tive os nomes para as minhas crias (isso é verdade), eu não tinha SEQUER pensado no nome feminino caso fosse menina - no sonho, é claro. Rapidamente veio Olívia na minha cabeça, mas então rejeitei a ideia, pois Lívia é o nome da cunhada da minha irmã e eu não queria que achassem que era um homenagem?????? Tá bom né. Então, eu acordei. E acordei bem, bem triste. Lembro que no sonho eu estava refletindo o quão gostosa era a sensação da gravidez, sentir a barriga te puxando pra frente, o peso e a pressão no tronco, mas ao mesmo tempo, parecia que eu estava flutuando. Acordei e fiquei triste por saber que eu não estava esperando um neném (ai, gente, eu sei, parece loucura).

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Eu até gosto de tirar fotos, mas...

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Sempre tem um mas, né?
    Fotos, para mim, têm um valor. Não sei se sentimental, material ou só é um valor sem conteúdo. Cismo em guardá-las para mim. Eu gosto de guardar coisas, o que é um belo de um problema. Sentimentos, papéis, pedaços de tecidos, caixinhas de perfumes, tampinhas de garrafas e... fotos.
    As fotos podiam estar feias, com uma péssima iluminação, péssimo enquadramento e qualidade, mas isso era mais antigamente, quando eu tinha os meus 11 ou 12 anos. Eu tirava foto (a maior poker face da história), mas não apagava. Com isso eu posso dizer que foi aí que se tiveram os indícios do início da minha paranoia. "Eu não posso apagar essa foto pois eu nunca vou tirar outra igual", era o que eu pensava - e a memória do meu celular ia acumulando com as minhas horrorosas fotos. Tá, eu me questiono o motivo para manter um monte de imagem feia no meu celular e tento me responder com isso: a foto capturou um momento único e que nunca na vida ele se repetiria. E eu matinha esse momento único (eu fazendo carão com três níveis de testa, cara emburrada, pele oleosa e QUE EU REALMENTE NÃO TINHA GOSTADO DA IMAGEM PROJETADA) pelo único motivo de que aquele segundo foi eternizado. 
    Mas, então, a minha irmã pediu meu celular emprestado e acabou sofrendo um acidente de barco e o telefone virou o meio de comunicação entre os rios em que ela estava. :D
    E eu perdi as fotos. Olhando agora, fico até que surpresa por não ter tido alguma espécie de crise de ansiedade por não ter salvo as fotos. Enfim, foi uma fatalidade do acidente (minha irmã saiu ilesa do capotamento [????] do barco) e que bom não ter tido nenhuma crise de ansiedade PELA PERDA DE FOTO E NÃO PELA ~quase~ PERDA DE UMA IRMÃ. Estou me sentindo meio que um monstrinho agora. 3:)
    Voltando ao início: eu gosto de tirar fotos, contudo, contanto que eu esteja por trás da câmera e não na frente. Ai. Eu não me sinto bem olhando para as fotos, tenho um medo que os olhos sigam direções contrárias, que a minha testa triplique de tamanho, que o meu rosto consiga ficar mais largo que o normal e eu nunca consigo estampar um sorriso verdadeiramente genuíno. E é essa imagem que eu tenho refletida nas fotos em família. :(. Quando são as minhas mil e umas selfies, a parada talvez seja diferente, uma vez que eu tenho as opções de filtros, poses, posições e tudo mais, não é a situação da foto em família que todo mundo tem que se encaixar em volta de algo, ficar bem apertadinho, forçar um sorriso num situação quase que incômoda.

domingo, 7 de agosto de 2016

Leituras de 2016

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Talvez tenham resenha. Talvez não. 
  1.  "Amor amargo", por Jennifer Brown. (Janeiro). ✫.
  2. "Fim", por Fernanda Torres. (Janeiro). ✫.
  3. "Garoto encontra garoto", por David Levithan (Janeiro). ✫.
  4. "Os dois mundos de Astrid Jones", por A.S. King (Janeiro). ½.
  5. "Os bons segredos", por Sarah Dessen. (Fevereiro). ✫.
  6. "Como eu era antes de você", por Jojo Moyes. (Fevereiro). ✫.
  7. "Naomi e Ely e a Lista do Não Beijo", por David Levithan e Rachel Cohn. (Março). ✫.
  8. "Mentirosos", por E. Lockhart. (Março). ✫.
  9. "O Seminarista", por Rubem Fonseca. (Abril). ✫.
  10. "Eleanor e Park", por Rainbow Rowell. (Abril). ½.
  11.  "3096 dias", por Natascha Kampusch. (Abril). ✫.
  12. "A Mais Pura Verdade", por Dan Gemeinhart. (Maio). ✫.
  13. "Azeitona", por Bruno Miranda. (Junho).  ½.
  14. "O Amor nos tempos de #likes", por Pam Gonçalves, Bel Rodrigues e Pedrugo. (Setembro). ✫. 
  15. "Eu me chamo Amanda", por Amanda Guimarães. (Setembro). .

Sobre a Eufemística

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Senta que lá vem textão meio que confuso (e sem revisão hehe):

    Eu sempre gostei de escrever, era minha atividade favorita na Alfabetização, criar frases de acordo com a imagem, amei poder me deparar com uma realidade paralela a minha, entende? Abusar da criatividade. Era tão legal! Aaaah. Podia fazer com que as coisas tão sonhadas por mim, tornassem-se realidade. *cof cof namorar o Kendall do Big Time Rush *. Meu primeiro contato com a escrita (no sentido de criar histórias quase que profissionalmente) eu não sei qual que foi exatamente. Ou foi criando uma fanfic SUPER ULTRA ABSURDA do BTR ou era o roteiro mais sem-pé-nem-cabeça de um filme que eu jurava que iria ganhar o Oscar um dia e eu não queria perder detalhe algum da história, por isso a escrevi da forma mais tosca - porém satisfatória na época - possível.
    Eu sempre gostei de ler e isso foi algo que eu fui notar bem tardiamente. Antes, achava que leitura era exclusiva de romances e livros de histórias fictícias. Maaaaaaaas, em uma análise, vi que eu lia bastante. Não era de ler contos de fadas (mas tive todos os possíveis aqui comigo, é claro <3), mas me alfabetizei praticamente a base dos gibis da Turma da Mônica, lia dezenas de exemplares mensalmente, tanto que a minha coleção é de umas 350 edições, lia alguns livros didáticos das minhas irmãs mais velhas (inclusive um de educação sexual aos sete anos, em que eu aprendi tudo sobre puberdade, vida sexual, prevenção, DSTs e gravidez com uma leitura em uma tarde com esse livro, e eu NÃO me traumatizei, juro).
    E em seguida, um pouquinho mais velha, passei a ler aquelas revistas teens do momento. Atrevida, Capricho, Toda Teen, Atrevidinha (fui assinante por um ano dela!) e mais outras que eu não lembro os títulos, tive dezenas de posteres de artistas que eu não gostava nem um pouco, aliás. Deixei de lê-las por notar que algumas reportagens eram bem toscas ou muito repetitivas, exemplo disso era a Atrevidinha, que no tempo em que eu era assinante, Justin Bierber ou algum artista da Disney era a capa dela a cada três meses. E eu sequer era fã deles.
    Mas quando a minha assinatura acabou, o Big Time Rush foi capa dela. :'D. E eu só comprava essas revistas pois queria ler algo sobre eles. (Ou Harry Potter).  (Ou Glee). Tudo bem, as dicas de roupas eram bem legais, pena que eram de lojas que não tinham aqui em Manaus (e eram muito, muito caras). E as dicas de "como beijar" ou "como conversar com o seu paquera (na minha época não era crush...)" não faziam meu feitio, eu não tinha nem auto estima pra isso e nem interesse, por incrível que pareça.