Eu fiz um post
perguntando quais livros nacionais eram os favoritos da galera que ali
comentaria, muitos responderam que “gostavam de tal livro, contudo, a escola”
meio que os traumatizou no que cerne esse assunto. Não mentirei, eu também tive
episódios traumáticos quanto a isso; quer dizer, fui salva no 3º ano do Ensino
Médio em que a professora de Literatura conseguiu nos contextualizar de algumas
obras ali – e eu conheci a Raquel de Queiroz, a única mulher na lista de
leituras obrigatórias de um dos vários vestibulares que eu faria naquele ano.
Sem contar que, cursando Letras – Língua e Literatura Portuguesa/Brasileira, eu
iria me deparar TODO SEMESTRE (claro, né?) com obras nacionais.
O Ensino Médio pode nos traumatizar de diversas maneiras
(relacionamentos, amizades, autoimagem, conflitos pessoais e extras pessoais e
por aí vai) e é capaz de tornar o hábito da leitura uma sentença de morte para
muitos alunos. Isso é maléfico em diversos níveis, principalmente quando
podemos perder o interesse e a oportunidade de conhecer autores incríveis e
desconhecer as diversas histórias que eles podem nos contar (alguns nomes para
vocês pesquisarem e se encantarem: Lima Barreto, Graciliano Ramos, Euclides da
Cunha, Martha Batalha, Natália Borges e tem uma infinidade desses mais).
Pensando nisso, eu separei alguns contos – é o texto que tem começo, meio e fim
em uma só leitura, é rápido e que apresenta poucos personagens, tudo o
suficiente para ter dimensão da história e saber que rumo ela tomou – de autores
brasileiros que conseguem, além de nos entreter, mostrar a profundidade
prazerosa da leitura que só a Literatura Brasileira consegue nos conceder.